domingo, 29 de abril de 2012

PARA QUE FÉ?

Hebreus 11:6
Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor. FÉ, MISERICÓDIA E TRADIÇÃO. Através do processo histórico do qual nossa civilização se formou, nós recebemos uma herança simbólica religiosa, a partir de suas vertentes. De um lado, os hebreus e os cristãos. Do outro, as tradições culturais dos gregos e dos romanos. Toda essa informação, claro, esforço de vários estudos, chegou até nós com princípios diferentes daqueles que Deus quer. O homem tem uma particularidade que o difere de todas as outras Criações: a Religião. Por muito tempo eu acreditei que a religião era algo ruim criado entre a relação do homem com Deus. A religião que é o ato do homem se ligar a Deus participa da vida do homem desde os tempos mais primórdios. Rubem Alves vai definir que a religião está intrínseca dentro do homem. Que ele não tem como fugir. A religião é algo necessário, como comer, ir ao banheiro ou dormir. A Fé que o escritor aos Hebreus vai definir passa pelo crivo da Religião. A Fé/Religião não se liquida com a abstinência dos atos sacramentais e a ausência dos lugares sagrados. A nossa ausência daquilo que é bom para nós só nos faz sentir mais só. Não é a fuga da Fé que faz do homem um ser sem a mesma. A abstinência da Fé faz do ser humano, um ser vazio e sem expectativa do futuro. O Homem na sua totalidade, busca a vida saudável e feliz. A busca de está mais perto de Deus, por muitas razões distanciou o homem dele mesmo. A falta da verdadeira Fé, e a vontade do homem de conhecer Deus, e entender esse sentimento, que o acompanha pra onde ele vai, fez com que o homem buscasse vários meios de entendê-lo. Ao longo da caminhada humana, o homem foi forçado a praticar uma Fé que não era voluntária, uma religião que, por mais que ela estivesse intrínseca, não era compreendida. Um exemplo foi no descobrimento do Brasil: Os índios foram obrigados a praticar o catolicismo e abandonar suas práticas; os negros tiveram suas crenças endemonizadas e ridicularizadas pela igreja. A atitude fundamental do homem para com Deus e, com isso, a base antropológica da religião é a FÉ. Uma das maiores disputas de todos os tempos é travada pela Fé e a Incredulidade. Para muitos, esse combate está chegando ao seu fim. Julgam que a Fé está derrotada, que a discussão sobre ela até já se tornou irrelevante e que Hegel e Nietzsche descreveram bem a nossa situação social e espiritual dizendo que “Deus está morto”. Hoje se fala muito em crise de Fé. O pentecostalismo e o Neopentecostalismo foram um dos propagadores, de que o homem não pode ter uma Fé duvidosa, de que a dúvida é algo que entristece Deus. Descartes pensou ao contrário: definiu que a crise é uma situação de decisão, mas uma crise pode conduzir tanto à ruína como transformar-se em renascimento. Uma Crise de Fé pode levar à renovação e ao aprofundamento de sua compreensão. PENSO LOGO EXISTO. Através de Descartes percebemos que o ponto crítico da Fé, não é sempre a certeza absoluta de tudo que Deus fez, de tudo que ele é. Mas é a necessidade de termos uma ligação, e a certeza de que Deus não se entristece de não termos uma Fé teologicamente firme, mas uma Fé que supra nossa necessidade pessoal. Descartes vai pedir para que nós olhássemos para Deus como um ser intocável, mas que nós analisássemos e buscássemos respostas aqui, na terra, agora, hoje, na ciência e na antropologia. Descartes usará a dúvida como caminho para encontrar fundamento sólido e inabalável. Na bíblia temos alguns exemplos de homens que duvidaram e cresceram com sua dúvida. Abraão, Jacó, os discípulos e muitos outros. Quantos de nós já nos julgamos por ter dúvidas sobre Deus, sobre sua natureza, sobre sua onipotência, onisciência. Essas dúvidas só nos aproximam de Deus. A ciência precisa se afastar do objeto para estudá-lo. Nós para sabermos mais sobre Deus precisamos nos aproximar dele, mas tendo em mente que ele é um Deus que aceita nossas dúvidas e que sabe que elas são boas para nós. A Fé nos faz acreditar na pessoalidade de Deus para com o ser humano. Acreditar que Deus existe é só o começo; até os demônios acreditam. Deus não se conformará com um simples conhecimento de sua existência. Ele quer uma relação pessoal e dinâmica com você, que transformará sua vida. Quem com sinceridade o buscam acharão que são premiados com a presença íntima de Deus. Deus nos assegura que todo aquele que o busca com sinceridade, que atua com fé apoiado no conhecimento que tem de Deus, será recompensado. Quando você anuncia a outros as boas novas de Deus, anime-os a ser sinceros e diligentes em sua busca da verdade. Muitas de nossas perguntas/dúvidas são resolvidas no nosso dia a dia, a presença de Deus nas coisas que nós fazemos é irrevogável. Ele é um Deus presente, desde o começo. Tudo começou na necessidade do homem e Deus se relacionarem na viração do dia. No final de todos os dias Deus e o homem se relacionavam. Depois Deus se revelou para Davi, perdoando o seu pecado e não aplicando a Lei que deveria ser aplicada. Impossível para nós olharmos para Deus e não senti-lo na natureza, senti-lo no irmão ao nosso lado. Deus é presente! Deus está em nós! Devemos crer que Deus está interessado em nós. No mundo antigo muitos criam nos deuses, mas criam que viviam longe, nos espaços interestelares, inteiramente apartados, felizes e totalmente inconscientes destes estranhos animais chamados homens. Precisamos crer não só que Deus existe, mas também que Ele se importa com o mundo, e está envolto na situação humana. E para o cristão isto é fácil, porque em Jesus Cristo Deus veio ao mundo para nos dizer quanto nós somos importantes. Para crermos nisso precisamos deixar com que estes princípios de boa Fé e Religião estejam enraizados em nós, no nosso dia a dia, na nossa mente, para que possamos viver felizes e esperançosos de que Deus nos dará força para lutar contra as coisas ruins do nosso tempo. Eu e você precisamos de Deus na nossa caminhada.

terça-feira, 10 de abril de 2012

O Que é a Religião para mim?


Texto feito para um trabalho no Seminário Teológico Batista do ES.

"O sofrimento religioso é, ao mesmo tempo, expressão de um sofrimento real e protesto contra um sofrimento real. Suspiro da criatura oprimida, coração de um mundo sem coração, espírito de uma situação sem espírito: a religião é o ópio do povo". Karl Marx
Partir do princípio que Marx define religião, é muito expressivo. A religião não foi criada por Deus, mas foi criado pelo homem, o home na sua essência é religioso. Ela existiu quando o homem se tornou um ser existente. Religião é a atitude do homem se ligar os deuses.
Porém por muito tempo eu pensei que a religião era algo ruim para o mundo cristão e a sociedade em si. Achava isso porque o mundo perdia muito de Cristo, a religião ofusca a imagem do verdadeiro Jesus, modifica o que ele fez, tornando seus atos coisas humana. Mas eu percebi que a religião é importante para a vida do homem, vida que precisa ser alimentada, vida que precisa ter uma ligação com algo que é espiritual, com algo que alimente o seu espírito.
A religião pode ser bem utilizada pelo homem, porque sem a Fé ninguém vence, mas para isso precisa existir um equilíbrio entre a religião e a razão, o homem como um todo precisa de equilíbrio e a religião proporciona isso para ele.
“A religião é o solene desvelar dos tesouros ocultos do homem, a revelação dos seus pensamentos íntimos, a confissão aberta dos seus segredos de amor” Ludwig Feuerbach
A religião torna o homem um ser equilibrado, logo o equilíbrio faz com que o homem se conheça mais, e mais a cada dia. A grande busca do homem é pelo conhecimento, interno e externo. A religião é uma propagadora de conhecimento.
Contudo, mais do que isso, o homem é um ser espiritual, que precisa de uma vida espiritual, a religião é algo espiritual, que leva o homem mais perto de Deus. A religião torna o homem o que ele é realmente, traz a essência da sua criação, faz dele uma criatura que não se define só em um corpo, mas num espírito vivente que precisa se relacionar com Deus. Traz à tona a necessidade dessa convivência de Deus com o homem.
Por isso, o homem recriou, imagens, matérias, recriaram o sagrado na esfera terrestre para que Deus habitasse mais próximo. A dificuldade de o homem sentir Deus perto e sua necessidade, fez com que o homem buscasse um relacionamento não interno, mas externo com o todo Criador. Daí, muitas coisas surgiram como imagem do criador, para que a criatura tivesse o criador mais próximo do homem. Esse é o papel da Religião.
Mas a princípios expostos pela Bíblia, onde Tiago 1:27 diz que verdadeira religião é cuidar dos órfãos de das viúvas. Depois de vários pensamentos sobre a religião eu me dei por si mesmo, que Tiago saiu do conceito da religião pessoal, para o conceito de religião social. Da religião que é boa para a sociedade e de quem a pratica. Essa religião, que Tiago afirma ser verdadeira, é uma religião pura e imaculada, que está afirma no amor ao próximo, aí as coisas começam a melhorar tudo começa ter razão no campo da espiritualidade, do amor e da Fé.
Depois de tudo, percebi que a religião é boa, essa sim precisa ser vivida e mais do que isso, preciso acreditar que ela pode ser boa e importante para o homem, que a mesma não distancia o homem de Jesus, mas aproxima-o de Cristo. Porque Cristo nós impulsiona a viver uma religião que seja direcionada para o próximo. E cuidar de ter amor.
Que essa religião seja vivida e me impulsione a ser um cristão melhor, acreditando que só estou ligado a Deus quando meus pensamentos tornam atitudes, atitudes corretas e boas para o meu próximo e consequentemente boa para minha vida, na sociedade e para com Deus.

Isack Mariano

terça-feira, 3 de abril de 2012

Uma Igreja que se Renova

A igreja liberta dos paradigmas está mais preocupada em salgar a terra e iluminar o mundo do que em preservar seu pequeno rebanho. Hoje, as igrejas não estão dispostas a viver e quebrar paradigmas, os pastores mudam seus princípios em prol do sistema que os dominam.
O maior desafio da igreja hoje é mudar, sair do padrão, romper o comodismo, tanto ministerial, denominacional e até como corpo. A grande mudança virá quando a igreja imergir, crescer não em quantidade, mas em qualidade e romper seus princípios sistemáticos que ao longo dos anos os homens criaram, modificando a bíblia, modificando o amor, criando paradigmas acima da grande comissão. Padrões que Cristo não fez questão de criar e muito menos viver. Só seremos um corpo quando sairmos de nossas denominações, a igreja ganhará o mundo quando ela se lembrar que é igreja e não está em competição. Seremos igreja quando deixarmos de limitar o céu, quando deixarmos de mediocrizar as outras comunidades que também pregam e estão lutando para um mundo melhor.
Ortodoxos, neo-ortodoxos, pentecostais, neopentecostais, todos precisam deixar essa teologia barata e andar como Cristo, respeitando o próximo, sendo suficiente, e não superespirituais. Porque temos a mania de achar que temos o controle da misericórdia. E que Deus vai julgar e apaziguar o nosso irmão, como nós bem queremos. Precisamos dominar nosso senso de Justiça, como igreja, para que o mundo veja misericórdia em nós, para que todos recebam do amor de Cristo como nós queremos receber. E assim o que você quer para você, queira muito mais para o seu irmão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KIVITIZ, René Ed. Quebrando Paradigmas. 8ª ed. Editora Abba Press, 2008, São Paulo.



Isack Mariano