terça-feira, 12 de julho de 2011

"Que Evangelho é esse?"


Pensando sobre o que está escrito a baixo: Somos o Estado mais "Evangélico" do Brasil. A pergunta que me faço todos os dias: "Que evangelho é esse? Aonde estamos errando? Será que queremos acertar, ou assim está bom?" A nossa satisfação com esse Pseudo-Evangelho me assusta. Como vivemos Cristo e a nossa sociedade não é modificada? Como vivemos Cristo em quase 80% da população e nossos bairros continuam sendo lugares de morte e de muito perigo para NÓS jovens de várias classes. Mais o que é mais tenebroso disso tudo, é que lemos isso aqui e não fazemos NADA. Confesso a vocês que estou escrevendo isso aqui chorando, literalmente, porque somos aqui, nesta comunidade neste Estado, como eu disse, 40% de jovens Evangélicos que podem se unir e mudar no mínimo o município de Vila Velha, mas eu sei, nossas faculdades e outras coisas nos prende, nossos sonhos são maiores do que nossa responsabilidade. Minha oração é que Deus nos incomode do jeito que Ele quiser, e que Cristo seja Integral em nossas vidas.

Desculpem minhas palavras, mas no meio de tanta hipocrisia resolvi ser sincero!

Abraços fraternais


Vejam esses dados:

"São 9.081 cruzes de Joões, Marthas, Silvas que tombaram no Espírito Santo (ES), entre 1998 e 2008, no desabrochar de suas vidas - 15 a 24 anos: homicídios (6.979) e acidentes de trânsito (2.102).
Esse cemitério de jovens sepulta o Estado nas primeiras posições do "Mapa da Violência 2011" (Ministério da Justiça e Instituto Sangari). Que desenvolvimento é esse? É desolador constatar a vitória das mortes sobre vidas tão novas.
Como pai, compartilho a solidariedade fraterna com as famílias que sofrem a dor de enterrarem filhos na flor da idade. Como cidadão, reafirmo a indignação com o desequilíbrio entre a potência e a velocidade das mortes pelas drogas e trânsito e a tibieza associada ao atraso das ações para vivificar a juventude: educação e cultura, esporte, justiça, inclusão digital, segurança.
E, como professor, busco superar a banalização dos números decorrente da repetição silenciosa, acomodada, desse genocídio estadual de jovens de 15 a 24 anos. No obituário juvenil, é intolerável a posição do ES, pois assassina o "futuro" tão usado nos discursos.
a) É o único Estado onde a principal causa de óbitos juvenis em 2008, nas idades separadas entre 15 e 24 anos, foi homicídios; em Alagoas (AL), essa situação bárbara não aconteceu na idade de 15 anos. Isso não se verificou em nenhum outro Estado do Sudeste para as 10 idades consideradas. Drogas e tiros aterrorizam ainda mais juventude no ES.
b) A segunda maior taxa estadual de homicídios juvenil - 120 mortes a cada 100 mil jovens - ocorreu no ES, posicionado entre as de AL (125,3) e Pernambuco (PE) (106,1). A de Santa Catarina (SC), que dobrou entre 1998 e 2008, é quase cinco vezes menor (25,4). Já a do ES continuou elevada desde 1998 - e superou a de El Salvador, a maior do mundo: 105,6. Covas e caixões enterram também políticas vigentes para a juventude.
c) Na Grande Vitória há mais do que uma guerra civil de "gangues" de proporções cadavéricas. Em 2008, esta região metropolitana teve a maior taxa de homicídios de jovens em comparação com as nove maiores do Brasil: 188,4 por 100 mil jovens. A taxa da região metropolitana de São Paulo, no mesmo ano e faixa etária, é seis vezes menor. É a selvageria urbana reinando na Grande Vitória.
d) Em mais um féretro massacrante, a encantadora Vitória natural ficou, em 2008, entre as capitais, com a terceira maior taxa de homicídios de jovens: 181,9; acima estavam Maceió e Recife. Para que se possa ter uma ideia desse assombro, a Organização Mundial de Saúde considera que o crime se torna uma "epidemia" quando ultrapassa a marca de "10 casos por 100 mil indivíduos". A maior epidemia da Grande Vitória, e do Brasil, continua sem ser tratada enquanto tal, sem "remédios" compatíveis.
O velório prossegue nos acidentes de trânsito. Nessa corrida mortal, eis as colocações na respectiva taxa por 100 mil habitantes, em 2008: a) ES, quinto lugar; Grande Vitória, segundo lugar entre nove regiões metropolitanas, e Vitória, a capital, em primeiro lugar. A impunidade continua vida nas ruas.
Passivamente, há uma década (1998-2008) a sociedade no ES assiste a 21 enterros semanais de jovens mortos por drogas-tiros e no trânsito. Triste, penso se essa mesma sociedade é capaz de gerar significados e espaços que propiciem a vida jovem."


Fonte: http://www.sindprev-es.org.br/​artigos/index.asp?id_artigo=76)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Quanto Vale o Outro?


“Pois o amor ao dinheiro é o primeiro passo em direção a todos os tipos de pecado. Algumas pessoas até voltaram às costas a Deus por causa do amor ao dinheiro e, como resultado, afligiram a si mesmas com muitos sofrimentos.”
I Timóteo 6:10

Vivemos em tempos de valores invertidos, filho matando pai, pai matando filho. Nunca na história de nosso país se viveu um momento de tão grande corrupção, nunca na história, se viveu tão grande apostasia dos valores fraternais. Hoje se gasta mais com as guerras do que com o sustento de pessoas que vivem à margem da sociedade. Hoje é gasto no mundo mais de um trilhão de dólares em armas para guerras, se colocarmos esse valor na ponta do lápis, os governos conseguiriam mudar a história de muitas nações que vivem na miséria. De fato, nossos valores estão invertidos.

Com base nisso, eu quero pensar sobre alguns valores que ao longo do tempo perdemos por amor ao Dinheiro:

Pessoas valem mais do que dinheiro:

O grande problema do homem é ser dominado por aquilo que pode trazer grandes mudanças. O grande ponto que tem acabado com nossas famílias é a ganância! Vivemos 24h do nosso dia, semanas dos nossos meses e anos de nossas vidas lutando por aquilo que é passageiro. Buscamos comprar nossos apartamentos, carros e obter vários diplomas, sabemos que isso é muito importante, mas isso não pode ser o nosso amor maior. O nosso amor precisa estar nas pessoas e em que elas representam nas nossas vidas. Tudo aqui é passageiro, nossas riquezas ficaram, mas o amor nunca acaba.

Nossa família, amigos e pessoas que conhecemos valem mais do que os nossos bens. A cada dia que passa o ser humano esta se escondendo cada vez mais nas suas fortalezas: carros blindados, lojas blindadas, bancos fechados, seguros de vida. Isso tudo é uma falsa segurança que o dinheiro traz precisamos experimentar algo novo, constante e verdadeiro, você precisa amar pessoas e valorizá-las como tem que ser.

O dinheiro nos torna auto-suficiente:

Um dos maiores problemas do amor ao dinheiro é a autoconfiança, ou a auto suficiência. Quando o homem olha para ele e seus bens e vê que não precisa de mais ninguém, ele está longe de Deus e longe de ser feliz. Ele está longe de alcançar o que realmente importa: a comunhão com Deus e o amor a outras pessoas. Quando olhamos para nós e não vemos os nossos erros, só vemos que somos bons e que conseguimos tudo por nossas próprias forças, estamos num caminho sem volta. Amigo, preciso te dizer que “do pó nós viemos e ao pó voltaremos”. Essa precisa ser uma realidade para o ser humano. Com isso, quando nos tornamos alto suficientes não reconhecemos Deus como o nosso criador e Senhor e Jesus como o autor e consumador da nossa fé, na cruz do calvário. Precisamos saber que nenhuma riqueza nos torna dignos de receber Jesus, por que foi por sua morte na cruz que somos salvos. Quando deixamos a auto-suficiência Jesus se torna o centro de nossas vidas e o amor ao próximo o nosso maior alvo.

O amor ao dinheiro gera sofrimentos pessoais:

Talvez hoje você esteja satisfeito com os bens que você conseguiu com o favor do seu trabalho, vivendo e ostentando aquilo que você ganha como sendo o seu maior tesouro. Vivendo com muita ganância e não sendo digno com o seu próximo, achando que simplesmente, que você esta no caminho certo e que não precisa de mais nada e ninguém. Infelizmente, esse é um caminho sem volta. O dinheiro pode te tirar os amigos, a família e te da uma falsa segurança, pode te deixar cego e sem direção. Muitas pessoas acabam sozinhas por não estarem dispostas a deixar a sua ganância e seus objetivos pessoais, para viver uma vida feliz e livre de toda pressão da sociedade.
A sociedade é a primeira a nos discriminar quando não conseguimos alcançar o padrão que ela coloca para nós. Quando não conseguimos ser o que as pessoas querem, muitos de nós entramos em depressão, caímos na fraqueza de não amar a si mesmo, por motivos que nós mesmos não sabemos. Por outro lado, pessoas que já alcançaram a pseudo-estabilidade financeira estão se perdendo aos montes, tirando as suas próprias vidas, porque, descobriram que não é o dinheiro que nos controla, mas sim nós que precisamos controlá-lo.

O dinheiro nos faz virar as costas para Deus:

Quando olhamos a parte 1 Timóteo 6:10b nós vemos uma realidade do nosso dia-a-dia, ele diz: “...Algumas pessoas até voltaram às costas a Deus por causa do amor ao dinheiro e...”. “Voltar às costas para Deus” é uma atitude que resume o que estamos falando. Quando o ser humano se volta contra o que o criou, contra o que tem dado o seu alimento e saúde, ele está se voltando contra ele mesmo e contra os seus princípios.
Fomos criados por Deus em três partes, corpo, alma e espírito. Quando o nosso corpo está bem e a alma e o espírito não, então não estamos completamente bem. E isso acontece quando viramos as costas para Deus. Quando o nosso espírito, que foi criado por Deus, não é alimentado, ou seja, não tem comunhão com Deus nós nos sentimos vazios e sem direção, nada pode nos satisfazer.
O fato de virarmos as costas para Deus também é um reflexo de que abandonamos o amor ao próximo. O dinheiro também tem esse poder de roubar o amor que precisamos ter pelo nosso próximo.

O amor de Deus nos ajuda a superar nosso amor pelos bens:

O rei Davi Salmos 144:3 nos mostra o que é mais valioso para Deus “Ó Senhor, que é o homem para dares a ele tanto valor e atenção? Por que Te interessas tanto pela humanidade?” Diferente de nós, que somos em muitos dominados pelo dinheiro, e colocamos sempre ele na nossa frente. O maior amor de Deus esta na sua mais bela criação, o homem. Davi perguntou a Deus em outras palavras: “o que é que o homem tem para o amares tanto?” Somos a coroa da criação de Deus, o seu maior tesouro. Nada nesse mundo é maior do que o amor de Deus por nós, nada é mais valioso do que você. Talvez hoje você esteja bem financeiramente, mas para alcançar essa estabilidade você perdeu a sua família, seus amigos e tudo que é mais valioso para você. Quero terminar dizendo que você é muito importante para Deus e que se a sua família te abandonou você nunca será abandonado por Deus, Volte a trás arrependa-se e Deus restaurará sua família e sua convivência com seus amigos. Abandone seu egoísmo e viva Jesus na sua vida. Deixe a ganância e seja feliz e prospero com o que Deus te deu.